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Um Bonde Chamado Desejo




Talvez você já tenha ouvido falar de Blanche Dubois. Ela é a famosa e icônica personagem de Um Bonde Chamado Desejo, peça do dramaturgo norte-americano Tenesse Williams..


A peça conta a história de Blanche Dubois, uma falida e delirante professora obrigada a morar de favor na casa da irmã, a doce Stella. Por lá, uma batalha repleta de tensão é travada pelo rude cunhado, Stanley Kowalsky, que decide investigar o passado renegado por ela.


A peça foi escrita em 1947, mas é atemporal. Já teve inúmeras montagens, em várias partes do mundo, e um filme que imortalizou Marlon Brando como Stanley, papel que ele já havia feito no teatro, e Vivien Leight que ganhou seu segundo Oscar como a protagonista Blanche (o primeiro foi como a também icônica Scarlet O´Hara) , Além disso, a peça foi declaradamente fonte de inspiração para o filme Blue Jasmine, de Woody Allen.


Domingo eu assisti a montagem em cartaz no Tucarena em São Paulo. É umas das melhores peças teatrais que já assisti. Além da história em si que é no mínimo impactante, a trilha sonora é maravilhosa (vai de George Gershwin a Amy Winehouse) e o cenário é super inovador, uma vez que o teatro é uma arena e o palco circular fica no meio do público. O que nos faz nos envolvermos ainda mais com a peça.


Mas o destaque mesmo vai para Maria Luisa Mendonça, a atriz que vive Blanche. Sua atuação é magnífica, visceral e acachapante. Um presente para quem gosta de um bom teatro dramático e que nos faz refletir durante muito tempo depois assistir a peça.


Será Blanche mesmo louca ou só uma mulher frágil e sonhadora, vítima do desejo e da incompreensão alheia?

Será Stanley mesmo rude e ignorante ou somente uma vítima do meio que vive e foi criado, do desejo e da incompreensão alheia?

Será mesmo Stella submissa e sem personalidade, ou somente uma vítima do amor cego que sente pelo marido, do desejo e da incompreensão alheia?


Pra mim o que ficou da peça é mesmo o desejo da compreensão. De colocar-se um no lugar do outro. De aceitar o diverso. E se não conseguir fazer isso, ao menos respeitar o diferente e não encará-lo como louco, ou ignorante ou sem personalidade.


Uma famosa fala de Blanche representa bem isso: “Seja você quem for, eu sempre dependi da boa vontade de estranhos”.


Que tal termos a boa vontade de respeitar o desejo do outro? Acho que isso tem muito a ver com o momento de incompreensão alheia que o Brasil passa hoje. Ninguém é louco, ignorante ou sem personalidade. No fundo todos somente desejam algo que julgam ser o melhor pra eles.


Mais gentileza, por favor!


PS: se quiser embarcar nesse bonde chamado Desejo corra, pois a peça sairá de cartaz em breve.

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