Como em "E O Vento Levou..."
Desde criança sou louca pelo filme “E O Vento Levou...”. Brincava e com minha irmã reproduzindo cenas do filme (com figurino e tudo!) e eu, lógico, era sempre a Scarlet O´Hara (personagem protagonista). Minha irmã sabia da minha paixão e fazia essa concessão, em troca ela fazia o papel de todas as outras personagens femininas. rsrs
Quando fui para New Orleans logo avisei minhas amigas que um dos lugares obrigatórios do nosso roteiro seria visitar ao menos uma Plantation, tipo de fazendas históricas do sul dos EUA, assim como “Tara”, a fazenda da família O´Hara no filme. As Plantations são grandes latifúndios cujo sistema agrícola é baseado em uma monocultura de exportação mediante a utilização de mão de obra escravas. Hoje em dia muitas delas estão abertas a visitação, onde você pode aprender mais sobre a história dos EUA no período da escravidão no país.
Nessas visitas você pode ver casas preservadas e fazendas da antiga aristocracia sulista, onde pode ser constatado seu estilo de vida e arquitetura dos tempos anteriores à Guerra de Secessão, a guerra civil americana que foi travada entre as regiões do Sul (os Estados Confederados) e do Norte (os Yanks) do país.
Há mais ou menos 80 km de New Orleans, na região de Vacherie, fica a Oak Alley Plantation, a histórica fazenda que visitei, e que hoje é uma fundação. E juro, me senti a própria Scarlet O´Hara, a casa principal tem a arquitetura típica Antebellum ( antes da guerra) com seus grandes pilares no estilo greco-romano, assim como vemos nos filmes.
Oak Alley foi construída nos anos de 1830 por descendentes franceses. A cana de açúcar era o principal cultivo. Como cada passo da produção do açúcar, desde o plantio, até a colheita e o refino, requer um intenso esforço físico, essa área de plantations rapidamente se tornou cliente do mercado de escravos de New Orleans. A Oak Alley Plantation chegou a ter mais de 1000 escravos, e fora a casa sede dá pra visitar as casas onde os escravos moravam e temos ideia de como eram os costumes da época.
Mas tirando minha obsessão por “E O Vento Levou...”, eu realmente acho uma pena ir a Louisina, e não visitar uma Plantation. E conhecer a história que não se perdeu no vento...