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Viagens são experiências egoístas


Uma amiga me deu a sugestão de escrever um post sobre lugares que as pessoas acreditam ser românticos, e bons somente para ir em casal, e que na verdade também são ótimos para conhecer viajando sozinho, e ninguém sabe. Gostei da sugestão e enquanto pensava no que escrever acabei concluindo que, seja com amigos, seja com seu amor, com família ou sozinho, viagens são na verdade experiências egoístas. Pois uma viagem deve ser tratada como uma experiência íntima.


Eu posso dar dicas sobre os lugares que conheço aqui no blog, mas por mais que eu tenha a melhor das intensões, sua experiência será diferente da minha. Por exemplo, quando voltarmos de uma viagem vamos ter lembranças afetivas que são nossas, e de mais ninguém. Você vai lembrar, por exemplo, do gosto do tempero das comidas que provou na Itália, do aroma que sentiu ao chegar na Normandia, do garçom simpático de um bistrô em Paris ou de uma música que tocou quando entrou no taxi em Buenos Aires.


E tudo isso são lembranças suas, nem minhas, nem de seu namorado, nem sua amiga, nem do seu filho. Cada um carrega de uma viagem aquilo que vive, e cada um vive o momento de um jeito. Ao chegar num lugar que já fui, e do qual guardo boas memórias, percebo que estou lá só pelo astral, pelo clima e pelo cheiro. Ou seja, pela imagem que criei.


Assim como, infelizmente, existem as lembranças ruins. Lembro que fui para o Hawaii, um dos meus sonhos, numa “segunda lua-de-mel”, na tentativa de salvar um casamento em crise. Em certo momento, estava admirando um lindo pôr-do-sol em Maui, hospedada em um resort maravilhoso, bebendo champanhe e... percebi que estava completamente infeliz. Agora preciso voltar pra lá para desfazer o estrago que essa lembrança fez em mim. Detalhe, acredito também em dar segundas chances para alguns lugares.


Dar dicas de viagem pode ser um risco, pois nos expomos, mostramos quem somos e contamos nossos segredos. Isso é muito pessoal. Por isso, não interessa se dizem que Veneza é romântica e tem que ir acompanhado, ou que Ibiza só tem balada e você deve ir com os amigos pra curtir, ou que resort só é bom para famílias. Claro que é uma delícia compartilhar momentos, mas sua memória será diferente da do outro.


Em resumo, a experiência no final será, de certa forma, solitária, não interessa se estará acompanhado ou não. Então, o conselho que dou é o seguinte, viaje. Sozinho, em casal, em turma, em família. Não interessa, não deixe de viajar por não ter companhia. Viaje e, ao invés de selfies, aprenda a valorizar suas memórias. São elas que carregará com você. Para sempre. E só com você.


Recado para minha amiga Heloisa: Não esqueci de você, ainda irei escrever o post que sugeriu.


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