Algumas das obras imperdíveis do Louvre
O Museu do Louvre em Paris é um dos maiores e certamente o mais visitado museu do mundo. Numa das maiores mostras do mundo da arte e cultura humanas, o museu abrange oito mil anos da cultura e da civilização tanto do Oriente quanto do Ocidente. Em somente uma visita é impossível conhecer esse museu inteiro e admirar todas as suas maravilhas, por isso separei algumas obras imperdíveis, somente algumas, para vocè priorizar em sua primeira visita ao Louvre.
Mona Lisa de Leonardo da Vinci (1503-1506)
Ver a Gioconda é uma experiência um pouco desagradável por causa das multidões e pela decepção que se tem quando descobre que a tela é bem menor do que imaginava. Mesmo assim é imperdível, pois indiscutivelmente é a pintura mais famosa do mundo. Seu roubo em 1911 causou um verdadeiro alvoroço, e até o poeta francês Apollinaire e o pintor Pablo Picasso viraram suspeitos do crime. Ficou dois anos desaparecida antes que Peruggia, o ladrão italiano e antigo guarda do Louvre, fosse pego. Quando contratado pelo rei francês François I em 1516, Leonardo trouxe sua preciosa pintura com ele para Château d'Amboise, onde morreu três anos depois.
Vitória de Samotrácia (190 AC)
A estátua Nike, a deusa grega, e alada, da Vitória, reina absoluta sobre uma escadaria logo na entrada do Louvre. Encontrada em 1863, fazia parte de uma fonte, com a forma de proa de embarcação, em um santuário na Samotrácia. Acredita-se que provavelmente foi doada pela cidade de Rodes, pois é feita de uma pedra calcária típica da região. Ela realmente é linda e chama a atenção até de quem deconhece seu valor. Durante a Segunda Guerra Mundial, para não ser roubada pelos alemães, ela foi levada, junto com a Mona Lisa, Escravos de Michelangelo e Vênus de Milo para Château de Valençay.
Venus de Milo (100 AC)
Essa misteriosa senhora que todos nós conhecemos como a Vênus de Milo esconde bem sua idade. Historiadores de arte acreditam que ela foi feita 100 AC, no entanto, ela tem detalhes típicos do século 5 AC, como a harmonia de seu rosto, seu ar indiferente e sua impassibilidade. Mas muitos estudiosos a colocam no período helenístico. Apesar de ser descrita como uma representação de Vênus (ou Afrodite), deusa da beleza e do amor, tampouco essa identificação é absolutamente segura. Outro mistério: Circulam muitas versões, que discordam entre si em vários detalhes importantes, sobre a história da sua descoberta. Tanto que já foi dito ironicamente que se gastou mais tinta tentando elucidar essa controvérsia do que se derramou sangue por Helena de Troia.
O Escravo Agonizante de Michelangelo (1513-1516)
Essa estátua de Michelangelo foi concebida para o túmulo do papa Júlio II, inicialmente encomendado em 1505 e completado em escala muito reduzida em 1545. O escravo retorcido está claramente em agonia, parado aqui em posição de contrapposto, termo italiano para definir uma figura humana de pé com todo o peso apoiado sobre uma perna, e com os quadris e ombros em ângulos opostos. Esta pose clássica dá inevitavelmente uma curva ao torso inteiro como visto aqui. A estátua tem um par chamado “O Escravo Rebelde" que fica logo ao lado, mas que não é tão impressionante e não foi terminada pessoalmente por Michelangelo.
A Liberdade Guiando o Povo de Eugène Delacroix (1830)
Marianne, é uma figura alegórica de uma mulher que representa a República Francesa, e aqui ela encarna a Liberdade e aparece empunhando a bandeira tricolor da Revolução Francesa (o azul, o branco e o vermelho simbolizam a liberdade, a igualdade e a fraternidade). Na verdade, esta pintura personifica a França a tal ponto que era estampada na nota de 100 Francos (moeda da França antes do Euro entrar em circulação em 2002). Marianne é a figura nacional que representa o triunfo francês da República sobre a Monarquia.
Grande esfinge de Tanis (2600 AC)
A denominação egípcia para uma esfinge era Shesep-Ankh, ou "imagem viva", uma representação simbólica da relação próxima entre o Deus do Sol (corpo do leão) e o Rei (cabeça humana). Esta foi inscrita com os nomes dos faraós Ammenemes II, Merneptah & Shoshenq. Escavada em 1825 entre as ruínas do Templo de Amun em Tanis, é uma das maiores esfinges fora do Egito. Se estiver com muito tempo de uma volta por toda ala egípcia do Louvre que vale a pena.
Código de Lei de Hammurabi (1792-1750 AC)
O texto sobrevivente mais antigo da Babilônia, escrito em uma pedra chamada Estela, é considerado o mais antigo documento legal do mundo. Muitas leis ainda estão em uso, como taxas de juros, multas por transgressões monetárias e leis de herança no que se refere como a propriedade privada é tributada ou dividida. É também um dos primeiros exemplos da idéia de presunção de inocência, solicitando que tanto o acusado como o acusador forneçam provas para defender seus casos. O código é baseado na antiga Lei de Talião, “olho por olho, dente por dente” e é famoso por suas punições escaladas, dependendo do status social do acusado (escravo ou homem livre).
Vênus e as Três Graças de Botticelli (1483-1486)
Esse afresco é um dos poucos com tema não religioso de Botticelli. O afresco é um método de pintar, com pigmentos a base de água, no gesso recentemente aplicado de modo que as cores secam dentro da parede (quando o emplastro seca), assim tornando-se permanente. Botticelli pintou este afresco nas paredes da Villa Lemmi na Toscana por encomenda da família proprietária do local e depois o mesmo foi deslocado para o Louvre. Uma execelente oportunidade de ver ao vivo um Botticelli fora do Museu Uffizi em Firenze.