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75 Anos de Mulher Maravilha, a super-heroína mais inclusiva da História

Precisamos falar sobre a Mulher Maravilha, pois nesse mês a super-heroína completa 75 anos com louvor e merece toda a atenção. Criada por William Moulton Marston, a Mulher Maravilha deu uma guinada radical no mundo dos quadrinhos. Ela era uma amazona, guerreira imortal, criada em uma ilha utópica chamada Ilha Paraíso e povoada exclusivamente por mulheres, e que veio para nosso mundo para combater o crime e acabar com a Segunda Guerra Mundial. Ela era partes iguais de pin-up e pioneira. Ela não era mais uma mulher resgatada por um homem, ela era uma mulher no controle da situação.

Marston, era um psicólogo que inventara uma versão precoce do polígrafo, mais conhecido como detector de mentiras (que certamente foi inspiração para o laço da verdade), e foi criado cercado por mulheres fortes. Formado em Harvard, Marston foi visto como um radical. Ele acreditava que as mulheres fossem iguais aos homens, foi inspirado pelo movimento sufragista e simpatizava com os direitos dos homossexuais.

Os principais atributos da Mulher Maravilha que foram consistentes ao longo dos anos são a crença na justiça, igualdade, sabedoria e paz, porém a Mulher Maravilha também se tornou um "alicerce" para o feminismo. Em sua encarnação inicial, ela se recusou a se casar. Contudo, ainda havia restrições sociais. Ela pode ter sido membro da Liga da Justiça, mas ficou encarregada de ser sua secretária, muitas vezes deixada para trás enquanto os super- heróis homens lutavam contra várias ameaças globais.


Essas histórias se desenrolaram em uma época em que as mulheres estavam se juntando à força de trabalho pela primeira vez, assumindo empregos para apoiar as indústrias de guerra, enquanto os homens americanos estavam lutando no exterior.


Após a morte de Marston em 1947, suas histórias passaram a se concentrar em seu interesse amoroso, o oficial da Força Aérea Steve Trevor. E em certo ponto, no final dos anos 60 e início dos anos 70, a Mulher Maravilha entregou seus poderes, aposentou sua roupa estrelada, gerenciou uma boutique e aprendeu artes marciais com um mentor chinês chamado I Ching . Mas isso não durou.


Seu bustier e botas de salto alto podem ter apelado aos instintos pueris dos meninos, mas sua mensagem de igualdade de gênero ajudou a politizar uma geração de futuras líderes feministas. Não por acaso. ela foi a na capa de um dos primeiros números da revista Ms. em 1972, sempre ligando a personagem com a luta pelos direitos das mulheres



Ainda nos anos setenta, quando a atriz Lynda Carter vestiu os braceletes à prova de balas no programa de televisão "Mulher Maravilha", essa mensagem foi ampliada, pois ajudou a apresentar o personagem a uma nova geração de fãs.

Além disso, ela não era mais do que apenas uma representante para feministas, ela passou a ser abraçada pelo movimento dos direitos dos homossexuais. Em parte, isso foi porque Lynda Carter se tornou uma defensora sincera dos gays e lésbicas, mas também porque os leitores gays se identificavam com esse ser estranho que se recusou a ceder aos ditames sociais.


Nesse ano, as celebrações dos 75 anos da Mulher-Maravilha incluíram uma cerimônia na ONU em que a personagem assumiu o papel de Embaixadora Honorária para o Empoderamento de Mulheres e Meninas.


De uns anos pra cá grandes marcas, observando essa tendência de empoderamento feminino, criaram produtos inspirados na super-heroína. A estilista Diane Von Furstenberg fez uma coleção inteira inspirada nela em 2008 e a MAC lançou uma coleção Mulher Maravilha de maquiagens em 2011. Nesse ano a atriz Gwyneth Paltrow lançou em seu e-comerce uma série limitada de roupas e acessórios em homenagem à Mulher Maravilha, tudo criado, à seu pedido, pelo amigo e estilista Valentino.


Também não é a toa que, em 2017, pela primeira vez será lançado um filme inteirinho sobre a Mulher Maravilha. E esse filme promete, porque ela já roubou a cena em Batman X Superman (veja post sobre isso clicando aqui).


"A Mulher Maravilha simboliza muitos dos valores da cultura feminina que as feministas estão agora tentando introduzir no mainstream: força e auto-suficiência para as mulheres; irmandade e apoio mútuo entre as mulheres; paz e estima para a vida humana; e uma diminuição da agressão "masculina" e da crença de que a violência é a única maneira de resolver os conflitos". Gloria Steinem, uma ativista feminista, escreveu isso em um ensaio publicado nos anos 70, mas bem que poderia ser nos dias de hoje. Pois o assunto continua atual.


Eu, que sou fã, leio os quadrinhos, assitia a série de TV e quando criança me vestia como ela, acreditava piamente que eu era a Mulher Maravilha, mas hoje, percebo que estava errada. Não sou somente eu, mas todas as mulheres são Mulheres Maravilhas. Minha mãe, minha irmã, minhas amigas, minhas tias e avós, e qualquer mulher desconhecida que eu cruzar no meu caminho. A Mulher Maravilha não é somente uma super-heroína, é muito mais. É um conceito, um ideal, uma inspiração e um exemplo. Ela somos nós.


A Mulher Maravilha foi criada para lutar pela democracia e pela igualdade de direitos para as mulheres, e infelizmente essa luta ainda não acabou. Setenta e cinco anos depois que a Mulher Maravilha pegou seu laço da verdade, isso continua sendo frustrante. Mas nem tudo foi em vão. Ela está de volta! E com tudo!



DICAS DO MÊS

Julho 2018

#Música
Niall Horan
Para você que curtia o One Direction.

Acontece: dia 10 de Julho em no Citibank Hall São Paulo.

#Compras
Muji Pop-Store
Para você que é gosta de design.

Acontece: Até o dia 26 de Junho na Japan House em São Paulo.

#Cinema

Homem Formiga e a Vesta

Para você que é fã da Marvel.

Acontece: a partir de 05 de Julho

nos cinemas.

#Série

Unsolved

Para você que se interessa por histórias reais.

Acontece: disponível no catálogo da Netflix.

#Teatro

Noite de 16 de Janeiro

Para você que gosta de histórias de tribunal.

Acontece: em cartaz no Teatro Tuca em São Paulo .

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