Neue Galerie, o museu mais charmoso de New York
- Vanessa Muniz
- 28 de mar. de 2017
- 2 min de leitura

Seja porque você já conhece todos os principais museus de New York, seja porque prefere museus menores ou seja simplesmente porque está vivo e na Big Apple, você precisa conhecer essa pequena jóia da região intitulada de Museum Mille, que conta com o MET e Guggenheim entre outros.
E o nome dessa jóia é Neue Galerie, um museu dedicado a arte Germânica e Austríaca do início do século XX e que foi concebido por dois amigos muito próximos, o negociador de artes Serge Sabarsky e o empreendedor e colecionador de arte Ronald S. Lauder (herdeiro do império de cosméticos Estée Lauder). Pequeno, o museu fica na William Starr Miller House, uma linda casa localizada na 5ª Avenida, no Upper East Side de Manhattan, desde 2001. Aliás, a casa em si já é uma atração.

A coleção da Neue Galerie é muito rica e inclui obras de artistas consagrados como Gustav Klimt, Oskar Kokoschka, Egon Schiele, Wassily Kandinsky, Paul Klee e Ernst Ludwig Kirchner, entre outros. Mas sem dúvida, sua obra mais famosa é o Retrato de Adele Bloch-Bauer I, ou A Dama Dourada como também é conhecida. Essa obra magnífica de Gustav Klimt, e que demorou 3 anos para ser finalizada, é considerada a Monalisa da Áustria.
A pintura foi uma encomenda do magnata do açúcar, o judeu de origem austríaca Ferdinand Bloch-Bauer, e durante a 2ª Guerra Mundial acabou sendo confiscada pelos nazistas. Depois da guerra a obra ainda sofreu disputas judiciais para ver onde deveria ficar, na Áustria ou nos Estados Unidos, onde morava a herdeira de Ferdinand. O filme "A Dama Dourada" mostra bem como foi essa disputa (veja o trailer abaixo) e é interessante assistí-lo antes de visitar o museu, pois a obra fica ainda mais relevante.
Até que em 2006 o Retrato de Adele Bloch-Bauer I foi comprado por Lauder pelo preço de 135 milhóes de dólares, o que na época alçou a obra ao posto de a mais cara pintura já vendida de todos os tempos. Quem, como eu, já pode vê-la ao vivo, entende o porquê de tanta fascinação. Pessoalmente acho ela muito mais linda que a Monalisa de Da Vinci, e das obras de Klimt só perde para O Beijo.
Além das galerias onde exibe seu lindo acervo, o museu também tem uma linda loja que parece uma antiga biblioteca, toda em madeira, e repleto de produtos relacionados com os artistas expostos. Tudo de muito bom gosto.

Se resistir e não comprar nada na lojinha (o que acho difícil), eu duvido que fique sem experimentar alguma iguaria da Cafeteria Sabarsky, a cafeteria vienense do museu. Linda e toda em madeira, ainda tem um piano de cauda fabuloso onde ocasionalmente são realizados concertos. Quem já esteve em uma cafeteria em Viena vai realmente se sentir transportado para a Áustria, principalmente depois de comer a famosa torta vienense.
Sem dúvida alguma esse museu vale a visita. É completo pois enche os olhos, o estômago e a alma.