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Mont Saint Michel, um lugar mágico



Muitos não sabem, mas o Mont Saint Michel é o terceiro lugar mais visitado da França (mais de 3 000 000 visitantes por ano). Mas afinal, o que essa ilhota rochosa, localizada na Normandia quase divisa com a Bretanha, tem de tão especial?


Para começar um pouquinho de história. No século VIII, um bispo que tinha sonhos recorrentes com São Miguel, resolveu fundar uma abadia em homenagem ao santo no local mais alto do monte. No século X os monges beneditinos instalaram-se na abadia e uma vila foi-se formando aos seus pés.


Acontece, que o monte é ligado ao continente através de um istmo que é coberto pelas marés altas, por isso seu nome original era Mont Saint Michel au peril de la mer (Mont Saint-Michel em perigo no mar). A variação da maré é tanta que transforma o monte em uma ilha.


O Mont Saint Michel é um símbolo da identidade e resistência dos franceses. Seu local estratégico e as mulharas que o protegem fez com que nunca fosse invadido. Mont Saint Michel resistiu a todas as guerras pelas quais a França passou, inclusive a Guerra dos Cem Anos, quando os ingleses tomaram a região.



Agora o Mont Saint Michel passou a ser um ponto turístico onde, além da sua história e arquitetura (a Abadia é linda!), a grande atração é observar a variação da maré. Muitas pessoas fazem um bate e volta de Paris, pois o Monte Saint-Michel está localizado 350 km a oeste da capital, ou passam pelo local em passagem a uma viagem à Normandia. Nem tantos passam a noite nas imediações, e menos ainda dentro da cidadela. Bom, eu e uma amiga fomos exceção, mesmo com os (poucos) hotéis sendo mais caros, decidimos nos hospedar lá dentro.


Do meio para o fim da tarde aconteceu o espetáculo, a maré começou a subir e rapidamente a água tomou conta dos arredores. Havia uma placa informando que a partir das 18 horas era proibido transitar na passarela construída para acessar a ilha, pois ela muitas vezes fica parcialmente tomada pelo mar. Ou seja, ficamos literalmente ilhadas.


A cidadezinha a noite fica pouco iluminada, silenciosa, a não ser pelos sinos da abadia, e assume um ar misterioso. Enquanto passeamos em suas ruelas, parece até que viajamos no tempo e voltamos para a Idade Média. Uma sensação difícil de explicar, mas muito interessante e única.


Admirar a maré subindo, durante o por do sol, do alto das muralhas é indescritível. Principalmente porque tivemos a sorte de estarmos lá bem no dia do fenômeno da Super Lua, e essa lua gigante fez essa experiência ainda mais mágica. A propósito, “mágico” é um dos adjetivos mais utilizados, por quem passou por lá, para descrever o Mont Saint Michel.


Na manhã seguinte acordamos cedo e fomos agraciadas com o céu mais lindo que já vi. Ele era meio dourado e meio cor de rosa. Eu não sei se lá todo amanhecer é assim, mas a visão do Mont Saint Michel sob esse céu é uma das coisas mais lindas e inesquecíveis que já vi na vida. Acredite, o Mont Saint Michel é mágico...





O que comer

Crepe: a moda da Normandia, é feito com farinha branca e tem recheio doce.

Gallete: um crepe a moda da Bretanha que é feitas com trigo sarraceno e têm recheio salgado.

Omeletes: especialidade da ilha, são recheados com um creme a base de claras. Já falei dele em outro post (para ler clique aqui).


Como chegar

Para quem está viajando pela Normandia o melhor é ir de carro mesmo. Mas se for fazer um bate e volta de Paris, que foi o que fizemos, recomendo o combo trem + ônibus, porque dirigir até lá pode ser cansativo. Seja o transporte que escolher, vai demorar mais ou menos 3h30 até lá.

Se optar por trem e ônibus, o melhor é pegar um trem saindo da estação Montparnasse, em Paris, até a cidade de Rennes. A viagem em TGV (trem de alta velocidade) dura cerca de 2 horas. Na sequência, precisa pegar um ônibus de Rennes ao Monte Saint Michel e viajar mais 1h. Os dois trechos podem ser comprados juntos e têm horários coordenados.


Chegando em Saint Michel você tem que atravessar uma passarela que foi construída sobre estacas sobre águas. O percurso pode ser feito a pé, mas acho um pouco longo, ou pegar gratuitamente uma espécie de ônibus elétrico que faz algumas paradas até chegar lá.

O ideal é descer em alguma parada há uma distância razoável do Monte, fazer o resto do percurso a pé e com calma apreciar a vista e tirar muitas fotografias.


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