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Tire suas flores do caminho, que eu quero passar com a minha dor...



Hoje resolvi abrir meu coração aqui no blog. Esses dias eu li um artigo que falava sobre a dor e resolvi falar sobre as minhas.


Minhas dores não são físicas e visíveis, são mais emocionais e psíquicas, e uma vez que sofro de depressão tudo pode piorar um pouquinho (mesmo eu me tratando). Ainda mais porque tenho um tipo de depressão um pouco diferente, quem convive comigo não percebe pois não apresento os sintomas típicos. Continuo saindo, sorrindo, animada e animando, viajando...


E todos seguem achando que estou bem. Que sou a pessoa mais feliz do mundo. Acho que as redes sociais têm contribuição nisso. Afinal, quem posta foto de coisas ruins ou feias no Instagram? Eu mesma, fui recentemente num show super legal do Coldplay, mas na saída do show um caminhão bateu no meu carro. Adivinha o que postei? O carro amassado que não foi. Compartilhei minha felicidade, e só. A chateação ficou comigo.


Sei que a vida é feita de dores e delícias, e acaba que no blog eu praticamente só escrevo sobre as delícias. Pergunto-me, porque é tão difícil falar sobre nossas dores... Talvez, no meu caso, porque sei que todo mudo tem as suas e acho às vezes injusto compartilhar uma dor sendo que outros estão com algumas muito mais graves dos que as minhas.


Para agravar, tenho dificuldade em compartilhar essa dor com os mais próximos. Esse final de semana mesmo, tive vários amigos que me contaram sobre as dores deles. E eu não falei das minhas. Não porque eles não quisessem ouvir, mas porque eu não consegui falar.


Mas duas coisas nesse artigo fizeram sentido pra mim. A primeira é que a dor é intransferível mas pode ser compartilhada . A outra é que seja a dor qual for... sendo dor, dói.


Então resolvi escancarar de vez, dizer aqui pra quem quiser ler, sendo próximo a mim ou não, que estou sofrendo. Sei que tudo vai melhorar, mas no momento tenho angústias sem fim, dias que não quero sair da cama, noites que não durmo, confraternizações de fim de ano que faço esforço imenso para participar ... Enfim, tenho dores.


E porque escrever isso agora? Porque é bom desabafar. E também resolvi me solidarizar, porque quem está lendo pode estar também, nesse momento, repleto de dor. Pois ninguém é imune a dor. Mesmo aquela pessoa que sorri em uma selfie, com milhares de curtidas, ela também tem uma dor. A dor nos iguala. E nos faz mais irmãos.


“[…] um amigo me chamou para ajudá-lo a cuidar da dor dele.

Guardei a minha no bolso. E fui.”

Caio Fernando Abreu


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